Se você assistiu ao filme “A Origem”, talvez se lembre da complexidade dos sonhos dentro dos sonhos — onde uma simples mudança em um nível podia gerar consequências inesperadas em outro. Agora troque os sonhos por rotas marítimas e os personagens por armadores, contratos especiais e fábricas na Ásia. Bem-vindo ao cenário real do comércio exterior em junho de 2025.
🌐 Uma cadeia global, reações em cascata
O recente acordo de 90 dias entre China e Estados Unidos suspendeu temporariamente tarifas entre os dois países. À primeira vista, isso pode parecer positivo — mas no mundo do comércio exterior, cada decisão política pode desencadear uma reação logística imprevisível. E foi exatamente isso que vimos.
Navios sendo redirecionados para os EUA, escassez de espaço para a América Latina, fretes explodindo. O resultado? Uma disputa acirrada por equipamentos e espaço, criando um verdadeiro efeito dominó que atinge desde o planejamento de importação até a produtividade das fábricas brasileiras.
🚢 O que está acontecendo na prática?
Entre os dias 28 e 29 de maio, agentes logísticos na China reportaram uma série de fatos que preocupam — e exigem decisões rápidas e estratégicas por parte dos importadores. Veja os principais pontos:
- Fretes subindo semanalmente: Os armadores estão aplicando aumentos na ordem de USD 1.000 por semana em junho.
- Espaços com menor tarifa já esgotados: Oportunidades com menor custo desapareceram rapidamente.
- Cancelamentos de bookings e controle rígido de peso: Cargas químicas ou com sobrepeso estão com mais dificuldade para embarcar.
- Suspensão dos contratos NAC especiais: Produtos como painel solar, têxtil e pneus estão com espaço restrito.
- Navios sendo redirecionados aos EUA: Frete China → EUA já chega a USD 7.000 em junho, com previsão de USD 8.000 em julho.
- Portos de SC em risco: Navios da PIL podem ser redirecionados por não conseguirem atracar em Itapoá e Navegantes.
- Performance e relacionamento viram critério decisivo: Quem constrói histórico com os armadores está sendo priorizado.
🧭 Como a sua empresa deve reagir?
Com esse cenário desafiador, adotar uma postura passiva pode custar caro — literalmente. A tomada de decisão logística precisa ser guiada por antecipação, planejamento inteligente e relacionamento sólido com operadores confiáveis. Veja algumas ações que recomendamos:
✅ Antecipe seus bookings
Não espere “encontrar um frete melhor”. Dois ou três dias de indecisão podem custar semanas de atraso e um frete significativamente mais alto.
✅ Construa relacionamento com parceiros
Armadores e agentes estão priorizando empresas com histórico e performance estável. Isso reforça a importância de ter uma estratégia de longo prazo, não apenas “fechar pelo menor preço”.
✅ Reavalie modais e portos
Se sua carga pode ser redirecionada para outro porto ou viabilizada via modal aéreo em caráter emergencial, esse é o momento de avaliar essas possibilidades com cuidado — e com apoio técnico.
✅ Trabalhe com parceiros estratégicos
Mais do que cotar, você precisa de inteligência de mercado aplicada à logística. A Atuali Comex atua como seu radar: monitorando o cenário global e oferecendo soluções personalizadas para sua operação seguir com segurança.
🧠 Reflexão final: previsibilidade é poder
No filme A Origem, a maior dificuldade dos personagens era justamente prever o que aconteceria a cada camada de profundidade. No comércio exterior, não é muito diferente. A diferença é que, na vida real, você pode contar com parceiros preparados para interpretar os sinais do mercado e tomar decisões estratégicas antes que o problema escale.
Na Atuali, não entregamos apenas despacho aduaneiro ou booking. Entregamos visão estratégica, previsibilidade e segurança em um cenário cada vez mais volátil.
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