A suspensão temporária das operações de navegação da Maersk, uma das gigantes do transporte marítimo global, pela rota do Mar Vermelho e Canal de Suez, trouxe uma onda de preocupações e impactos à economia mundial.
Após o ataque ao navio Maersk Hangzhou, a empresa dinamarquesa pausou os trânsitos pelo Mar Vermelho para reavaliar as condições de segurança. Isso ocorreu em meio a preocupações com a segurança dos navios diante dos ataques realizados pelos rebeldes Houthi, o que elevou as tensões na região.
Essa decisão gera uma série de desdobramentos. Em primeiro lugar, a rota Mar Vermelho – Canal de Suez, tradicionalmente utilizada por uma parcela significativa do comércio global, pode sofrer desvios e intermediários, o que impacta diretamente nas entregas de mercadorias, combustíveis e alimentos, resultando em possíveis atrasos e aumento de preços .
Como resposta, algumas empresas optaram por rotas alternativas, como contornar o Cabo da Boa Esperança, na África do Sul, afim de tentar minimizar os riscos.
Entretanto, o desvio dessas rotas pode implicar em prazos de entrega mais longos, potenciais congestionamentos portuários e, consequentemente, encarecimento nos custos de transporte.
Para casos de China x Brasil esse impacto é menor pois hoje a maioria dos serviços já utiliza a rota via Cabo da boa Esperança. Em se tratando de rotas Índia x Brasil o impacto pode ser maior, pois porque a maioria das rotas são via Mediterrâneo, com escala em Algecias (Espanha) ou Tânger (Marrocos).
A preocupação crescente com os desdobramentos dessa situação reflete-se no mercado financeiro. Empresas como Maersk e Hapag-Lloyd observaram um aumento significativo em suas ações, impulsionando as expectativas de maiores taxas de envio no ano de 2024.
A imprevisibilidade do cenário global e a complexidade das cadeias de abastecimento marítimo alertam para possíveis impactos financeiros nos custos de transporte, que, segundo especialistas, podem chegar a ser duas a quatro vezes superiores aos valores normais, gerando uma preocupação generalizada.
Diante dessa conjuntura, é essencial que as empresas estejam atentas aos desdobramentos e possam adaptar suas estratégias logísticas para mitigar os impactos negativos, mantendo um olhar atento às condições do mercado.
O grande impacto previsto e que já começamos a notar no início de janeiro é o aumento dos fretes e falta de espaço.
Acompanhe as atualizações sobre esse cenário e saiba como se preparar para as mudanças no setor de logística internacional em 2024.