Você sabia que somente em 2020 o preço do frete marítimo subiu quase 500%?
A pandemia foi o fator principal para piorar esse gargalo no Comércio Internacional, por isso, iniciamos o ano de 2022 com custo 4,7 vezes maior, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
É evidente que o contexto atual de inflação contribuiu imensamente para o encarecimento da supply chain e tudo que entra pelo mar ficou absurdamente mais caro. Atualmente, 90% das movimentações do Comex são feitas por este canal.
Para piorar, com o lockdown definido pelo governo chinês, esse quadro entrou em maior afogamento com parada do Porto de Xangai. Esse porto é um dos mais importantes e conta com uma uma fatia grande do tráfego marítimo do mundo.
Rodrigo Zeidan, professor da New York University Shanghai (China) e da Fundação Dom Cabral, aponta que essa decisão foi decida depois de muita insistência do governo chinês, porém, não foi ‘central e unilateral’ como a maioria das pessoas pensam.
QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS?
Inflação alta, preços subindo e desaceleração da economia.
Parece caótico e realmente é. Empresas multinacionais gigantes como a Tesla e a Volskwagen precisaram interromper suas atividades em virtude do congestionamento do porto de Xangai, e isso gerou uma menor produtividade e queda de valor das empresas.
De acordo com a BBC Brasil, as restrições em Xangai afetaram todo o fluxo do porto, e assistimos o acumulo de contêineres reduzirem a produtividade da cadeia global em cerca de 30%.
SERÁ QUE EXISTE UMA SOLUÇÃO?
No cenário nacional, os especialistas não acham que é possível resolver o problema no curto prazo.
O presidente dos EUA, Joe Biden, criticou ferozmente o setor de transporte exatamente por não ser nada competitivo. O Chefe de Estado americano diz que “há apenas nove companhias de navegação. Nove. Nove grandes companhias marítimas que embarcam da Ásia para os Estados Unidos. Essas companhias aumentaram seus preços em até 1.000%”.
Na mesma leva desse posicionamente, foi divulgado um vídeo de Biden conversando com varejistas e processadores de alimentos que afirmavam que esse aumento nas taxas de frete de contêineres acabavam ”comendo” uma grande parte dos seus lucros.
A economia brasileira ainda é muito fechada, por isso, os estudiosos dizem que não se tem nenhum sinal de que isso deva mudar em breve.
Uma saída urgentemente necessária é termos mais independência no segmento marítimo e avançar com mais rapidez em função da ‘BR do Mar’, trazendo novas empresas de transporte de cargas na mais ligação logística entre portos.
