Se um conflito localizado pode desencadear uma onda de instabilidade mundial, o comércio exterior é, sem dúvida, uma das primeiras áreas a sentir o impacto. E é exatamente isso que estamos vivenciando.
Com a escalada das tensões entre Israel e Irã, o mundo volta seus olhos — e seus alertas logísticos — para o Estreito de Ormuz, um dos pontos mais críticos da cadeia global de suprimentos. A pergunta que fica é: como proteger sua operação diante desse cenário?
O que está em jogo: o Estreito de Ormuz
Responsável por cerca de 20% de todo o petróleo transportado no mundo, o Estreito de Ormuz é uma verdadeira artéria para o comércio internacional.
Basta um sinal de instabilidade ali — como bloqueios navais, ameaças de ataque ou movimentações militares — para que o mercado reaja em cadeia.
Em junho, com os novos ataques e ameaças entre Irã e Israel, vimos:
🚢 Fretes pressionados, principalmente em rotas que dependem da navegação segura no Oriente Médio;
⛽ Alta de até 11% nos preços do petróleo, o que afeta diretamente os custos logísticos e operacionais;
💼 Aumento nos seguros de transporte, com atualização de cláusulas e alertas de risco para cargas em regiões sensíveis;
🕒 Possível atraso em prazos e aumento do lead time de entregas internacionais.
O efeito dominó na sua logística
Mesmo que sua operação não envolva diretamente a região, os reflexos são reais.
Com custos mais altos, rotas mais longas ou sobrecarregadas e um mercado mais cauteloso, empresas que operam com fornecedores na Ásia, Europa ou mesmo no Brasil acabam afetadas — seja pela variação cambial, seja pelo encarecimento dos insumos ou da malha logística.
Como mitigar riscos em tempos de tensão geopolítica
✅ Revise rotas e modais: com a volatilidade do cenário, alternativas como modais combinados (aéreo + rodoviário, por exemplo) podem trazer mais segurança ou agilidade.
✅ Antecipe decisões: postergar embarques em momentos como esse pode sair caro. O ideal é trabalhar com previsibilidade e se antecipar aos gargalos.
✅ Atualize seguros e cláusulas contratuais: certifique-se de que seus contratos de transporte cobrem eventos geopolíticos e revise cláusulas de responsabilidade.
✅ Conte com especialistas em leitura de cenário: mais do que reagir, é preciso entender os movimentos com profundidade e agir com estratégia. Ter uma equipe de inteligência logística pode fazer toda a diferença.
Não é só sobre containers e rotas. É sobre estratégia.
Conflitos geopolíticos vão continuar existindo. Mas a forma como sua empresa se prepara e responde a esses eventos define os resultados no final do mês — e no longo prazo.
Na Atuali, acreditamos que informação, análise e planejamento sob medida são os melhores antídotos contra a incerteza.
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